O fascismo e comunismo como efeitos da Crise de 1930
O fascismo e comunismo como efeitos da Crise de 1930
Mark Mazower, em sua obra Continente Sombrio, nos coloca a seguinte pergunta: “A grande crise do capitalismo teve, portanto, fortes implicações políticas: havia uma alternativa democrática ao fascismo e ao comunismo capaz de enfrentar os desafios econômicos da década de 1930?”.
Não se pode afirmar que existia outra saída para o caos econômico da década de 1930, que não fosse o fascismo e o comunismo, pois dentro do período histórico no qual o mundo viveu esses fenômenos, ninguém encontrava outra saída. A democracia liberal ficou desacreditada e ninguém mais confiava na economia capitalista da época. Depois dos estragos da Primeira Guerra, as sociedades estavam desejosas por paz e segurança.
Com o Tratado de Versalhes, a Europa destruída acusa a Alemanha pela guerra, deixando os alemães em estado de total humilhação. A ascensão do nazismo foi como reverter essa humilhação, fazendo com que os alemães se sentissem não mais inferiores às outras nações europeias, mas superiores. Os discursos de Hitler exaltam a raça ariana, criando nos alemães o sentimento de conforto que necessitavam naquele momento.
Quando o Tratado de Versalhes impõe que a Alemanha pague os custos da guerra, o país entra em total caos econômico, pois todos os recursos que tinham eram revertidos para o pagamento dos custos da guerra. Com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York esse caos econômico chega a níveis nunca vistos antes, deixando quase metade da população alemã desempregada e em condições de miséria.
A URSS conseguiu se reerguer após a Primeira Guerra graças às profundas mudanças políticas que o governo comunista implementou. Com muitas reformas e uma economia que começava a se reerguer, muitos voltaram seus olhares para URSS com a esperança de encontrar lá o caminho que os recuperaria das tragédias do conflito recém-vivido.
Para os alemães, a saída desse caos econômico foi vista no nazismo de Hitler. Não somente a saída do caos econômico, mas também o fim da humilhação sofrida pelo Tratado de Versalhes. Aos soviéticos, a saída era o comunismo, visto que URSS ficou imune à crise do capitalismo.
O fato é que na época ninguém queria a democracia liberal e não se confiava no capitalismo. Depois da Primeira Guerra Mundial, o mundo aspirava por segurança e paz, e o fascismo e o comunismo lhes prometiam isso.
Thayla Mercurio Ramon