História do Islamismo

15/03/2013 17:09

 

História do Islamismo

Os árabes aparecem na história somente durante o período vulgarmente conhecido como Idade Média. Nessa época, formaram um império de grande ocupação territorial, competindo com o Império Bizantino e o Império Persa. A figura principal da história da unificação política e religiosa dos árabes é Maomé, o profeta que construiu os primeiros degraus para a formação do Estado árabe.

O aparecimento do islamismo data do século VII d. C na Península Arábica, após as revelações de Alá ao profeta Maomé. Anteriormente, a Península Arábica era habita por povos nômades que buscavam nos oásis em meio ao deserto os suprimentos para sua sobrevivência. Ao sul da península, no Iêmen, viviam algumas civilizações um pouco mais desenvolvidas. O centro de trocas econômicas entre os grupos humanos que viviam nessa península era a cidade de Meca, na qual se encontrava a Pedra Negra, reverenciada por todos os povos da região, cada qual com suas crenças religiosas. Eram politeístas, ou seja, acreditam em diversos deuses.

É em meio a esse cenário que a figura de Maomé aparece. O profeta que descendia de uma família muito pobre teve contato com duas religiões importantes que pregavam a crença num deus único: o cristianismo e o judaísmo. Segundo a tradição, o arcanjo Gabriel teria aparecido para Maomé e o orientado a criar e propagar uma nova religião.

Sua missão foi difícil e tão logo tentou converter os coraixitas, foi perseguido e obrigado a fugir de Meca,  indo viver em Yatreb (que passou a ser chamada de Medina en Nabi, ou cidade que recebeu o profeta), episódio conhecido como Hégira. Esse acontecimento se deu no ano 622 do calendário Gregoriano, e marca o início do calendário muçulmano. A partir dessa data, Maomé começa a combater a idolatria e a pregar as mensagens do deus único, Alá.  

Em Medina, Maomé se torna líder religioso e chefe de Estado, pregando os ensinamentos que recebia de Alá e formando uma irmandade nesse local. Religião e assuntos de Estado não estavam dissociados um do outro, visto que “sua origem é divina”. Sua herança foi a formação de uma religião forte e que uniu os povos árabes, visto que a Arábia toda se tornara muçulmana e os povos não estavam mais divididos ou duvidosos de a quem deviam lealdade.

Todos os ensinamentos de Maomé foram compilados no livro sagrado dos muçulmanos, o Corão ou Alcorão. A doutrina de seu ensinamento é um sincretismo fundamentado nas tradições religiosas da própria Arábia, no judaísmo e no cristianismo, religiões que forneceram as bases do islamismo.

Após a morte do profeta, desavenças e antigas inimizades tornaram a aparecer. Os muçulmanos de Medina estavam divididos em quatro grupos, cada um considerando um sucessor diferente para o profeta morto. Embora o clima de tensão sempre estivesse presente entre esses grupos, a preponderância política ficou com os haxemitas, composto por familiares descendentes de Maomé.

Com a Arábia unificada, Abu Berk e Omar (primeiros califas), assumiram a sucessão de Maomé (política, militar e religiosa) e promoveram a eliminação daqueles que ameaçavam a unificação da península. Além disso, promoveram a expansão islâmica, com o intuito de promover a guerra santa contra os infiéis, além de seus interesses econômicos, políticos e sociais. Pretendiam saquear os povos conquistados, conquistar terras férteis, aumentando seu território por conta do crescimento demográfico e submeter outros povos ao seu poder político.  

A conquista da Pérsia, Síria, Egito e Palestina ocorreram entre os anos de 632 a 661; entre 661 a 750, conquistaram partes da China, o norte da África e quase toda a Península Ibérica. Entre os anos de 750 a 1258, as conquistas muçulmanas avançaram pela Europa, na parte sul da Península Itálica. Após o ano de 1258, o império parou de avançar e no ano de 1492 o califado de Granada se rendeu ao exército da Espanha, acabando o seu domínio sobre a Europa.

A expansão árabe difundiu o islamismo por muitos lugares e tornou sua língua oficial no mundo Arábico. O que possibilitou essa grande expansão foi a união e a força que a fé pregada por Maomé difundiu entre os primeiros muçulmanos. 

 

Thayla Mercurio Ramon


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